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História negra, amor negro
de Julien Christian Lutz, ou Director X

 

Quando analiso a cultura mais amplamente e penso na representação midiática, como diretor eu me interesso especialmente no que está ausente. O Mês da História Negra é um momento de refletir sobre de onde viemos, honrar nossa cultura e nossos ancestrais e cultivar o orgulho pelas contribuições que fizemos apesar das dificuldades. Mas também tento ver este mês como um momento de imaginar as histórias que estamos criando agora. Quais são as formas mais radicais de criar um presente que cultivará histórias novas, promissoras e vibrantes?

Cresci em Toronto, vindo de uma família antilhana, e o Mês da História Negra ganhou mais significado conforme fui ficando mais velho e conheci o mundo além da minha comunidade. Trata-se daquele ponto em comum que pode conectar você a outra pessoa: pode ser um livro ou uma foto. Para mim, é o fato de que toda família antilhana possui ao menos uma escultura africana, e quem tem essa origem pode acessar essa memória visual compartilhada.

Fazendo este filme, conversando com um elenco real sobre o que o amor negro significa para eles, encontramos pontos de contato para todos. Reflexões pessoais e íntimas sobre como ser negro se mistura com nossa compreensão do próprio amor: conexões com o lar, a família, a sexualidade e a nossa forma de nos expressar uns para os outros e para o mundo. Nos desabafos desses casais e indivíduos, foi lindo ver como a comunidade negra é diversa e cheia de nuances, e como nossas formas de exprimir o amor são matizadas pela nossa cultura. É emocionante saber que essas histórias, com toda a sua vulnerabilidade e ternura, serão vistas no mundo todo. Elas representam um presente no qual tenho orgulho de viver.